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martes, 1 de abril de 2014

Mitos de Oxum



Cierta vez, numa festa de Oxalá, as sacerdotisas dos vários orixás, com inveja da beleza de Oxum, puseram-lhe um feitiço: quando todos se levantaram para saudar Oxalá, ela ficou presa na cadeira e quando conseguiu se soltar, ruas roupas ficaram sujas de sangue Todos riram e Oxalá ficou zangado. 

A sacerdotisa, envergonhada, tentou se esconder, mas nenhum orixá lhe abriu a porta. 

Só Oxum a recebeu e transformou as gotas de sangue em penas de papagaio. Sabendo da magia, os outros orixás vieram prestar homenagem a Oxum e Oxalá lhe deu a proteção de todas as filhas-de-santo, que durante a iniciação passaram a usar uma pena vermelha na testa.

Houve um tempo em que os orixás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e não deixavam as deusas participarem das decisões. Aborrecida com isso, Oxum fez com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra. 

Os orixás foram consultar Olórum e ele explicou que, sem a presença de Oxum, com seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orixás, então, convidaram Oxum para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser fecundas e todos os projetos dos orixás tiveram bom resultado.

Quando Xangô se apaixonou por Oxum, ela o recusou; então ele tentou violentá-la. Foi impedido por Exu, que os separou, dizendo que eles só poderiam se unir se ela o aceitasse livremente. 

Zangado, Xangô trancou Oxum numa torre muito alta, dizendo que só a soltaria quando ela o aceitasse. Oxum chorou muito; então Exu passou e perguntou o que acontecera. Sabendo da história, foi correndo levar seu pedido de socorro a Olórum. 

Este soprou em Oxum um pó que a transformou em pomba; assim, ela pôde voar e sair da torre pela janela.

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