Cierta vez, numa festa de Oxalá, as sacerdotisas dos vários
orixás, com inveja da beleza de Oxum, puseram-lhe um feitiço: quando todos se
levantaram para saudar Oxalá, ela ficou presa na cadeira e quando conseguiu se
soltar, ruas roupas ficaram sujas de sangue Todos riram e Oxalá ficou zangado.
A sacerdotisa, envergonhada, tentou se esconder, mas nenhum orixá lhe abriu a
porta.
Só Oxum a recebeu e transformou as gotas de sangue em penas de papagaio.
Sabendo da magia, os outros orixás vieram prestar homenagem a Oxum e Oxalá lhe
deu a proteção de todas as filhas-de-santo, que durante a iniciação passaram a
usar uma pena vermelha na testa.
Houve um tempo em
que os orixás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e
não deixavam as deusas participarem das decisões. Aborrecida com isso, Oxum fez
com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra.
Os
orixás foram consultar Olórum e ele explicou que, sem a presença de Oxum, com
seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orixás, então,
convidaram Oxum para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser
fecundas e todos os projetos dos orixás tiveram bom resultado.
Quando Xangô se
apaixonou por Oxum, ela o recusou; então ele tentou violentá-la. Foi impedido
por Exu, que os separou, dizendo que eles só poderiam se unir se ela o
aceitasse livremente.
Zangado, Xangô trancou Oxum numa torre muito alta,
dizendo que só a soltaria quando ela o aceitasse. Oxum chorou muito; então Exu
passou e perguntou o que acontecera. Sabendo da história, foi correndo levar
seu pedido de socorro a Olórum.
Este soprou em Oxum um pó que a transformou em
pomba; assim, ela pôde voar e sair da torre pela janela.
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